terça-feira, 15 de maio de 2012

O que você entende por Filosofia da Educação?


A filosofia da educação é um ramo do pensamento que se dedica à reflexão sobre os processos educativos, à análise do(s) sistema(s) educativo(s), sistematização de métodos didáticos, entre diversas outras temáticas relacionadas com a pedagogia. O seu escopo principal é a compreensão das relações entre o fenômeno educativo e o funcionamento da sociedade.
A filosofia educacional de Platão foi baseada em sua visão da República ideal, onde o indivíduo era melhor servido ao ser subordinado a uma sociedade justa. Ele defende remover as crianças dos cuidados de suas mães e cuidar delas através do Estado, com grande cuidado para diferenciar as crianças adequadas para as várias castas, a maior delas recebendo a melhor educação, para que elas possam agir como guardiões da cidade e cuidar dos menos aptos. A educação seria holística  incluindo fatos, habilidades, disciplinas físicas, e música e arte, que ele considerava a maior forma de esforço.
Platão acreditava que o talento não era distribuído geneticamente e portanto deveria ser encontrado em crianças de qualquer classe social. Ele desenvolveu isso ao insistir que aqueles considerados aptos deveriam ser treinados pelo Estado para que fossem qualificados para assumir o papel de uma classe dominante  Isso estabelece, essencialmente, um sistema de educação publica seletiva baseada na premissa que uma minoria educada da população é, por virtude da sua educação, suficiente para uma governança sadia.
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Teoria dos dois mundos” defendida por Platão?



Segundo ele é no mundo das ideias é que moram os seres totais e perfeitos: a justiça, a bondade, a coragem, a sabedoria, etc. Fora do mundo das ideias, tudo o que captamos através dos nossos sentidos possui apenas uma parte do ser ideal. O mundo sensível, portanto, é um mundo de seres incompletos e imperfeitos.
Portanto para Platão, o ser eterno e universal habita o mundo da luz racional, da essência e da realidade pura. E os seres individuais e mutáveis moram no mundo das sombras e sensações, das aparências e ilusões.
Com base nas ideias de Sócrates, de quem Platão aproveita a noção de logos, ele cria a teoria platônica e a distinção dos mundos sensíveis e inteligíveis.
Platão afirma haver dois mundos diferentes e separados: o mundo sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e o mundo das ideias gerais (inteligível), "das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos".
Para Platão existe dois tipos de conhecimento:
O mundo das idéias, que é o mais verdadeiro porque se mantém igual. O mundo real, que se altera-se, se transforma, não se mantém igual. No mundo real = Quando vemos uma árvore, ela pode ser queimada ou arrancada, ou seja, o que vimos desaparece. = Na realidade tudo muda, pode deixar de existir, pode não ser mais.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

TEORIA DA “MAIÊUTICA” DEFENDIDA POR SÓCRATES


O método socrático, como é denominado, consiste numa dialética, em que a discussão se desenvolve em dois tempos, - a ironia e a maiêutica. A ironia socrática consiste em perguntar, fingindo desconhecer o assunto (= dúvida fictícia e metódica), com vistas a refutar a tese contrária e preparar a tese verdadeira. A maiêutica de Sócrates conduz o interlocutor a descobrir paulatinamente o conhecimento sobre o objeto de discussão. No caso de Sócrates que supunha haver idéias inatas, a maiêutica consistia, mais precisamente, em fazer recordar, despertando os conhecimentos virtualmente possuídos. Como método, a dialética vinha sendo praticada pelos últimos pré-socráticos, como Zenão de Eléia e especialmente os sofistas. Sócrates imprime a ela uma peculiaridade própria, em vista de seu temperamento irônico e seu propósito de combater os sofistas. Além disto, a maiêutica era caracterizada pela sua concepção inatista, bem como pelo fato de havê-la denominado em função à profissão de sua mãe, que era parteira.
A Maiêutica Socrática tem como significado "Dar a luz (Parto)" intelectual, da procura da  no interior verdade do homem. Sócrates conduzia este parto em dois momentos: No primeiro, ele levava os seus discípulos ou interlocutores a duvidar de seu próprio conhecimento a respeito de um determinado assunto; no segundo, Sócrates os levava a conceber, de si mesmos, uma nova idéia, uma nova opinião sobre o assunto em questão. Por meio de questões simples, inseridas dentro de um contexto determinado, a Maiêutica dá à luz idéias complexas. A maiêutica baseia-se na idéia de que o conhecimento é latente na mente de todo ser humano, podendo ser encontrado pelas respostas a perguntas propostas de forma perspicaz.
Fonte(s):
Micro História da Filosofia

domingo, 6 de maio de 2012

MÉTODO  PEDAGOGIZADOR
 O método de ensino “pedagogizador” resume-se a instruir, reproduzir um tipo de conhecimento que não é relevante para as reais necessidades do aluno.  Assim, a educação está a serviço de uma sociedade mercadológica e tecnocrática. O aluno é tratado meramente como um objeto a ser conhecido e treinado para atender as exigências do mercado, suas experiências de vida e situações práticas não são consideradas.
A prática da intersubjetividade, produtora de sujeitos capazes de linguagem e de ação, com opinião e vontade formadas de modo a possibilitar liberdade comunicativa, calcada em razões e argumentações justificadas, legítimas, são os pressupostos de qualquer sociedade democrática, essenciais à educação. As práticas educacionais, ao produzirem indivíduos mais livres, autônomos, e não autômatos, capazes de avaliar seus atos à luz dos acontecimentos, à luz das normas sociais legítimas e legitimadas em processos jurídicos, políticos, usando suas próprias cabeças, e tendo propósitos sinceros e abertos à crítica, são fundamentais para as práticas educacionais. E estas representam o solo de germinação da ação comunicativa. A importância extrema da educação decorre de ela servir como anteparo à tecnização, à colonização do mundo da vida pelo sistema, mas também deve servir para intervir no meio dinheiro e poder, de modo a enfrentá-los pela democracia e pelo direito.



FONTE:www2.pucpr.br/reol/index.php/DIALOGO?dd1=653&dd99=pdf

sexta-feira, 4 de maio de 2012

A nova forma de pensar da Filosofia Moderna culminou no Racionalismo (René Descartes) e no Empirismo (Francis Bacon, John Locke, David Hume) e preparou, de certa forma, o caminho para o Criticismo Kantiano. Detalhe cada uma dessas correntes.
           
O racionalismo pode ser definido como uma corrente filosófica que teve início com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. Este usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. Essa era a idéia central comum ao conjunto de doutrinas conhecidas como racionalismo.
Descartes vão procurar demonstrar que á razão é a origem do conhecimento humano, a natureza do eu é pensamento e nada mais; desde logo, o significado no sentido mais amplo, ou seja, abarcando o sentir e o querer ou, em poucas palavras, todo o campo da consciência.
Em outras palavras Descartes acredita na possibilidade de conhecer e de chegar a verdades. Isso só é possível pela recuperação da razão. Através de recursos metodológicos, propõe a utilização adequada da razão, de forma a obter idéias claras e distintas (verdades indubitáveis), ponto de partida para alcançar novas verdades também indubitáveis. À crença na razão Descartes chega através de um processo em que, usando a dúvida como procedimento metódico, estende-a a tudo o que o cerca. Descartes, separa o sujeito pensante ou como consciência de mundo  carregado de particularidades e sombra.
Empirismo é a doutrina que reconhece a experiência como única fonte válida de conhecimento, em oposição à crença racionalista, que se baseia, em grande medida, na razão. O empirismo deu início a uma nova e transcendental etapa na história da filosofia, tornando possível o surgimento da moderna metodologia científica. Do ponto de vista psicológico, identifica-se com “sensualismo” ou “sensismo“, pelo menos em seus representantes mais radicais. Comparado ao positivismo, designa principalmente o método, enquanto o positivismo designa a doutrina a que esse método conduz. Em termos estritamente gnosiológicos, o que o caracteriza e define é a afirmação de que a validade das proposições depende exclusivamente da experiência sensível. Na perspectiva metafísica, identifica-se o empirismo com a doutrina que nega qualquer outra espécie de realidade além da que se atinge pelos sentidos.
Caracterização. Nem sempre é fácil distinguir empirismo e ceticismo. Considerado o fato de que o empirismo não participa da dúvida universal, muitos entendem válida sua conceituação como forma expressiva de dogmatismo. Todavia a dificuldade de caracterizá-lo decorre do número elevado de suas ramificações.
Kant supera essa dicotomia, concluindo que o conhecimento só é possível pela conjunção das suas fontes: a sensibilidade e o entendimento.. O criticismo kantiano tinha como objectivo principal a critica das faculdades cognitivas do homem, no sentido de conhecermos os seus limites. Em consequência dessa «critica», foi levado à negação da possibilidade de a razão humana conhecer a essência das coisas.
O criticismo é empregue para denominar uma investigar as categorias ou formas a priori do entendimento. A sua meta consiste em parte da filosofia kantiana (aquela que diz respeito à questão do conhecimento). Esta determinar o que o entendimento e a razão podem conhecer, encontrando-se livres de toda experiência, bem como os limites impostos a este conhecimento pela necessidade de fazer apelo à experiência sensível para conhecermos. Este projeto pretende fundamentar um pensamento metafísico de caráter cético. Entre o cepticismo e o dogmatismo, o criticismo kantiano instaura-se como a única possibilidade de repensar as questões próprias à metafísica.

domingo, 29 de abril de 2012

Pensamento Educacional de Platão e Aristóteles

Platão defendia a idéia de que a alma precede o corpo e que, antes de encarnar, tem acesso ao conhecimento. Dessa forma, todo aprendizado não passaria de um esforço de reminiscência – um dos princípios centrais do pensamento do filósofo. Com base nessa teoria, que não encontra eco na ciência contemporânea, Platão defendia uma idéia que, paradoxalmente,sustenta grande parte da pedagogia atual: não é possível ou desejável transmitir conhecimentos aos alunos, mas, antes, levá-los a procurar respostas, eles mesmos, a suas inquietações. Por isso, o filósofo rejeitava métodos de ensino autoritários. Ele acreditava que se deveria deixar os estudantes, sobretudo as crianças, à vontade para que pudessem se desenvolver livremente. Nesse ponto, a pedagogia de Platão se aproxima filosofia, em que a busca da verdade é mais importante do que mas incontestáveis. O processo dialético platônico – pelo qual, ao longo do debate de idéias, depuram-se o pensamento e os dilemas morais – também se relaciona com a procura de respostas durante o aprendizado. "Platão é domais alto interesse para todos que compreendem a educação como uma exigência de que cada um, professor ou aluno, pense sobre o próprio pensar".
Aristóteles, o desenvolvimento educacional dos homens se fundamenta na premissa em que as pessoas não são inteiramente racionais, no entanto, elas podem aprender a dominar seus desejos e alcançar o bem estar moral, por muitas vezes, escolhendo racionalmente o caminho da moderação. Sendo assim, notamos, em seu pensamento, uma relação entre a felicidade dos indivíduos interligada com o uso da razão e a busca para uma consolidação de uma "vida questionada" acarretando em um comportamento baseado na inteligência.
Mesmo com esses pequenos recortes abordados, tornou-se possível realizar reflexões de temas relacionados à educação e ao conhecimento que a sociedade grega deixou como herança para o futuro do Ocidente. Esses pensadores viveram em um momento histórico de transição de mentalidade, no qual o caminho para a busca da verdade é redefinido, os velhos deuses são deixados de lado e a razão, apesar de não pensada da mesa forma por todos os filósofos, ganha espaço para explicar a realidade em si, da forma em que ela se apresenta para esses homens. Aristóteles admite, portanto, a possibilidade de seres humanos imperfeitos serem capazes de nesta vida, vislumbrar o bem e praticar ações virtuosas por meio de um desenvolvimento moral ao longo do tempo. O aprendiz moral deveria ser introduzido aos bons hábitos por meio de uma prática intensiva que fosse progressivamente acostumando-o a ser nobre e justo. O próprio exercício ativaria o potencial cognitivo capaz de fazê-lo desejar se engajar cada vez mais firmemente em seu processo de amadurecimento dos valores morais e chegar finalmente à sabedoria

fonte: educacaofisicajundiai.com.br

Ontologia

Ontologia (em grego ontos e logoi, "conhecimento do ser") é a parte da filosofia que trata da natureza do ser da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas em geral. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. Costuma ser confundida com metafísica Conquanto tenham certa comunhão ou interseção em objeto de estudo, nenhuma das duas áreas é subconjunto lógico da outra, ainda que na identidade.

Ontologia histórica, que decorreu da superação da Filosofia Antiga e Moderna, pois ambas tinham em si um peso histórico da concepção de mundo que o desenvolvimento das forças produtivas os tenha proporcionado, e Marx supera ambas, a Ontologia Greco-Medieval, a Antiga, que tem o centramento objetivo e a Ontologia Moderna, do Centramento subjetivo - e, portanto, Marx também é a superação do hipercentramento subjetivo da Pós-Modernidade, que é uma inflexão que desdobra o paradigma Moderna, nunca o superou, portanto, é neo-moderno, não Pós, visto que não o tenha superado em nada.

fone: http://pt.wikipedia.org/w