Platão defendia a idéia de que a alma precede o corpo e que, antes de encarnar, tem acesso ao conhecimento. Dessa forma, todo aprendizado não passaria de um esforço de reminiscência – um dos princípios centrais do pensamento do filósofo. Com base nessa teoria, que não encontra eco na ciência contemporânea, Platão defendia uma idéia que, paradoxalmente,sustenta grande parte da pedagogia atual: não é possível ou desejável transmitir conhecimentos aos alunos, mas, antes, levá-los a procurar respostas, eles mesmos, a suas inquietações. Por isso, o filósofo rejeitava métodos de ensino autoritários. Ele acreditava que se deveria deixar os estudantes, sobretudo as crianças, à vontade para que pudessem se desenvolver livremente. Nesse ponto, a pedagogia de Platão se aproxima filosofia, em que a busca da verdade é mais importante do que mas incontestáveis. O processo dialético platônico – pelo qual, ao longo do debate de idéias, depuram-se o pensamento e os dilemas morais – também se relaciona com a procura de respostas durante o aprendizado. "Platão é domais alto interesse para todos que compreendem a educação como uma exigência de que cada um, professor ou aluno, pense sobre o próprio pensar".
Aristóteles, o desenvolvimento educacional dos homens se fundamenta na premissa em que as pessoas não são inteiramente racionais, no entanto, elas podem aprender a dominar seus desejos e alcançar o bem estar moral, por muitas vezes, escolhendo racionalmente o caminho da moderação. Sendo assim, notamos, em seu pensamento, uma relação entre a felicidade dos indivíduos interligada com o uso da razão e a busca para uma consolidação de uma "vida questionada" acarretando em um comportamento baseado na inteligência.
Mesmo com esses pequenos recortes abordados, tornou-se possível realizar reflexões de temas relacionados à educação e ao conhecimento que a sociedade grega deixou como herança para o futuro do Ocidente. Esses pensadores viveram em um momento histórico de transição de mentalidade, no qual o caminho para a busca da verdade é redefinido, os velhos deuses são deixados de lado e a razão, apesar de não pensada da mesa forma por todos os filósofos, ganha espaço para explicar a realidade em si, da forma em que ela se apresenta para esses homens. Aristóteles admite, portanto, a possibilidade de seres humanos imperfeitos serem capazes de nesta vida, vislumbrar o bem e praticar ações virtuosas por meio de um desenvolvimento moral ao longo do tempo. O aprendiz moral deveria ser introduzido aos bons hábitos por meio de uma prática intensiva que fosse progressivamente acostumando-o a ser nobre e justo. O próprio exercício ativaria o potencial cognitivo capaz de fazê-lo desejar se engajar cada vez mais firmemente em seu processo de amadurecimento dos valores morais e chegar finalmente à sabedoria
fonte: educacaofisicajundiai.com.br